domingo, 7 de dezembro de 2008

Técnologia. Crônica por Edna Costa.

Gente, meu velho celular estava meio arruinado, por
isso resolvi comprar um novo. Pedi ajuda aos meus
filhos e lá fomos nós para uma grande loja, onde eles
começaram a pegar telefones, olhar, mexer em teclas,
pedir informações para o vendedor e eu de lado
tentando dar palpite, sem sucesso. Finalmente
soltando um longo suspiro, meu filho escolheu o mais
novo lançamento do mercado. Era pequenino, filmava,
fotografava, calculava, agendava, tinha games, rádio,
tela de cristal líquido, conectava na net e outras
tantas funções que nem lembro mais. Também suspirei
longamente (por causa do preço) e...comprei!

Bem, agora eu tinha uma maravilha tecnológica nas
mãos e, passada a euforia precisava aprender a lidar
com meu novo auxiliar. Peguei o manual de instruções
(em inglês) e pela grossura do volume já senti que
demoraria algumas semanas para ler (e talvez entender)
tudo mas, depois de olhar melhor conclui que levaria
meses ou quem sabe mais de um ano. Terei que ter
paciência!

Fui pedir ajuda aos filhos, afinal, eles são experts
nessas parafernálias eletrônicas! Mas, como sempre
acontece, eles não tem tempo a perder dando
explicações para alguém que não entende tudo na
primeira vez (euzinha). O mais velho queria me ensinar
a apertar a tecla para ligar e desligar (os filhos
pensam que a gente envelhece e fica burro) e, eu disse
que isso eu já sabia fazer. Então me ajudou a gravar
uma mensagem para quem me ligasse e, disse que "era o
suficiente por enquanto", que depois me ensinaria mais
coisas.

Oras, pra que mensagem se não sei como vou ouvi-la?
Fui pedir ajuda ao caçula. Esse tem mais
paciência, mas nunca tem tempo! Começou querendo me ensinar a
ligar e desligar o telefone (oh! meu Deus!) mas eu
mostrei que isso eu já sabia fazer. Ele me ajudou a
gravar uma senha para poder ver meus recados, me
explicou como fazer isso e disse que " era o
suficiente por enquanto", que quando tivesse tempo me
ensinaria mais coisas.

Num gesto de benevolência, programaram o relógio
do celular para eu poder ver as horas e lá fui eu
trabalhar. Durante o percurso, aproveitei para ir
mexendo aqui e ali, para ver se conseguia mais algum
progresso. Depois de muito tempo, consegui! Consegui
desregular tudinho! E ainda por cima, quando
finalmente o telefone tocou, era meu filho me dando a
maior bronca dizendo que fazia um tempão que estava tentando
falar comigo e não conseguia, eu posso? Agora me
pergunto: para que um celular de última geração se
levarei tanto tempo para aprender a utilizar as mil
funções que, quando eu conseguir esse já estará
obsoleto?

De repente senti uma grande frustação. Lembrei de um
tempo quando a gente só tinha um telefone em casa, o
qual, precisava simplesmente ser ligado na tomada, no
plug, tirar o fone do gancho, girar o dedo num disco (ou
apertar as teclas) e falar. Fiquei com saudades de
quando a gente comprava uma geladeira, um fogão ou outros
eletrodomésticos e o maior trabalho que eles davam era
para tirar da caixa e colocar no lugar que ficariam.
Hoje os aparelhos ditos inteligentes, precisam ser
programados, vem com controle remoto avançado, não
sei quantas memórias e por aí vai. Até onde essa tal
tecnologia nos levará?

Quanto ao meu celular novo, troquei com meu filho!
Fiquei com o antigo dele e ele com a "mini-maravilha"
que, aliás, ele mesmo mesmo tinha escolhido, lembram?

8 comentários:

Anônimo disse...

Amei! simplesmente amei! Além de vc escrever muito bem todo o texto do início ao fim me fez rir muito! Sua tentativa de da palpite para algo SEU, o filho mais velho, depois o mais novo... the best Edna

Márcia Regina disse...

AH! Minha querida...bem vinda ao clube....quando compro um celular, escolho o mais simples possível. Pergunto ao vendedor, ele fala? bom, então eu vou levar.
Quanto aos filhos...bem....só muda o endereço, as vezes nem o nome...haja paciência....e depois eles dizem que somos ultrapassados...pode?...Mil beijocas...

Edna Costa disse...

Oi querida anônima, obrigada pelo elogio e quero dizer que já estava com saudades de você aparecer por aqui.

Oi Marcia querida, verdade verdadeira o que você disse. Nossos filhos substimam nossa capacidade e se acham sempre os sabichões, né?

Bom, até a próxima, beijão procêis e fiquem na paz.

Jandira Suarez da Motta disse...

Ednaaaa!
Onde tá tu, mulher?
Já sei! Trabalhando pra chuchuuuu!
Ói! Esse "tar" de celular cheio dos trique-trique eu tb não sei mexer, não!
o meu é bem simplinho, e eu acho que tem muita gente identificada com essa sua crônica, que está ótima!
Bj

Márcia Regina disse...

Oi Sumida...passei prá te desejar um Feliz Natal....1.000.000 de beijocas prá você e toda a tua família...fica com Deus...

Edna Costa disse...

Jan, minha fofa, trabalhando muito mesmo! Tive que trabalhar dobrado pra poder pagar todos presentinhos que esse véinho fio duma mãe inventou que eu tinha que dar nessa época...hehehe.

Beijão procê, querida.

Edna Costa disse...

Marcia querida, obrigada. Desejo em fobro tudo isso e muito mais pra você e família. Beijão.

Edna Costa disse...

Eu escrevi fobro? Kakakakakaka...no lugar, leia dobro e lembre-se que isso é devido as horas extras...ufa!